domingo, 10 de julho de 2011

PROSCRIÇÃO

Do nosso amor só restou o passado escrito nas lembranças cinzentas da memória de um presente quase extinto pelo passado que nasce a cada dia na nossa existência quase finda. Aquilo que deveria ser alegria transformou-se numa tristeza infinita pelo amor acabado, mas que ainda existe. Ele como um pesadelo sobressalta-me a noite na escuridão vazia de minha cama cheia de mim.

O jardim morto exala o perfume do nosso amor ainda em decomposição. O que resta de nós são figuras mortas empalhadas no papel de fotografias sem cor de nossos dias coloridos. São vestígios de um amor que um dia existiu e que como o vento foi-se montado nas asas de uma nova brisa. Sopro de morte de nossa história e de vida de outra que se faz no labirinto de um futuro incerto.

Qual delas se propagará? A morte eminente ou a vida incerta? Quem ficará presa ao labirinto dos sonhos? Somente o tempo nos dirá. Entretanto, seja qual for à resposta ainda trago acessa uma vela em meu coração...


Mp Lima.

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