quarta-feira, 30 de março de 2011

SALVE A MÃE NATUREZA


Não sou apenas o índio

Que perdeu a sua tábua

Na curva da estrada

Que o trator abriu

Quando arrancou

Mãe floresta

E quebrou minha flecha

Deturpou minha festa

Que quase ninguém viu.

Não quero lero-lero

De quem diz não posso ajudar

Pois, coitado de mim

Se o rio der um grito.

Teremos que rezar juntos

E pedirmos assim:

Ave ave santa ave

Pau nosso do palmital

Pão nosso do santo fruto

Ribeirinhos, enfrentemos o mal

Livrar-nos do homem sem consciência

E de seu projeto brutal,

Esquecendo que os irmãos ribeirinhos

Do rio retiram o pão.

São fazendeiros empresários,

Que só pensam em dinheiro,

Nem lembra o que rio lhes dá,

Um dia ele poderá lhes negar.

O velho rio cansado,

Oferecem-lhes a própria vida,

Numa oferenda mortal,

Pois corre em suas veias

O veneno letal.

Que aos poucos foi Jogado,

Em seu leito paternal,

Pelo homem irracional,

Que só pensa em lucrar,

Completamente esquecido,

De sua condição animal.

Autor: José Lindeilson Santana - aluno d0 1º Ano

E.E.M. José Francisco de Moura - Palhano - ce.


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