Não sou apenas o índio
Que perdeu a sua tábua
Na curva da estrada
Que o trator abriu
Quando arrancou
Mãe floresta
E quebrou minha flecha
Deturpou minha festa
Que quase ninguém viu.
Não quero lero-lero
De quem diz não posso ajudar
Pois, coitado de mim
Se o rio der um grito.
Teremos que rezar juntos
E pedirmos assim:
Ave ave santa ave
Pau nosso do palmital
Pão nosso do santo fruto
Ribeirinhos, enfrentemos o mal
Livrar-nos do homem sem consciência
E de seu projeto brutal,
Esquecendo que os irmãos ribeirinhos
Do rio retiram o pão.
São fazendeiros empresários,
Que só pensam em dinheiro,
Nem lembra o que rio lhes dá,
Um dia ele poderá lhes negar.
O velho rio cansado,
Oferecem-lhes a própria vida,
Numa oferenda mortal,
Pois corre em suas veias
O veneno letal.
Que aos poucos foi Jogado,
Em seu leito paternal,
Pelo homem irracional,
Que só pensa em lucrar,
Completamente esquecido,
De sua condição animal.
Autor: José Lindeilson Santana - aluno d0 1º Ano
E.E.M. José Francisco de Moura - Palhano - ce.
Esse aluno é muito bom, precisamos fazer varal de poesia.
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